Ascom Secretaria Estadual de Educação
Fotos: Ascom SEC/BA
A participação popular, a cooperação federativa e o regime de
colaboração para a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) deram
a tônica na solenidade de abertura da Conferência Estadual de Educação
(Coeed), na noite desta terça-feira (9/10). O secretário da Educação do Estado,
Osvaldo Barreto, destacou que todo o processo de construção da conferência
se deu graças à realização de 385 conferências municipais e a parceria
dos representantes desses municípios, que se empenharam para que o encontro
estadual acontecesse. O Coeed prossegue até amanhã (11/10), no Centro de
Convenções da Costa do Sauípe, município de Mata de São João.
“Essa Conferência é um marco na educação da Bahia porque representa
o aprofundamento da democracia das relações sociais em nosso Estado,
que vem sendo construída desde 2003”, afirmou o secretário da Educação, Osvaldo
Barreto. Ele ressaltou a importância dos eixos temáticos discutidos por
mais de 50 mil pessoas, entre profissionais da educação e outros representantes
da sociedade, nas conferências municipais e que, agora, vão ser ampliados
nas plenárias.
Dentre as questões abordadas nos eventos municipais, o secretário
Osvaldo Barreto pontuou três temas, que considera imprescindíveis para
avançar, ainda mais, a educação no Estado. “A inclusão e justiça social
para grupos como os povos indígenas, os quilombolas e os moradores das periferias
urbana e rural; a inclusão educacional, que significa assegurar a presença
de todos na escola, garantindo-lhes o direito de aprender e uma educação
de qualidade, e a valorização do professor, com a construção de um ambiente
estimulante, são questões fundamentais para fazermos a grande revolução
da educação no país”, enumerou.
O representante do Fundeb-MEC, Paulo Egon, também destacou a importância
da participação social na construção de um novo sistema educacional.
“Essa Conferência Estadual coloca a educação no centro dos debates nacionais.
Vamos, aqui, tomar decisões e construir a educação nos municípios e no
Estado para ajudar a construção de uma nova educação no país. Estamos fazendo
uma caminhada cívica com vistas à qualidade da educação para todos, que é
a razão de estarmos reunidos nesse evento”, afirmou.
Participação dos municípios - O coordenador da Conferência Estadual
da Educação, Nildon Pitombo, falou que a participação de mais de 50 mil
pessoas nas conferências municipais revela o apoio dos municípios às
políticas públicas e às diretrizes do governo. “Tivemos uma expressiva
participação de professores, estudantes, pais de alunos, conselheiros
de educação, comunidades, dos povos indígenas, dos grupos LGBT (lésbicas,
gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), parlamentares,
cientistas, sindicatos, órgãos de defesa da educação infantil, entre outros”,
afirmou. Ele destacou, que na Conferência Estadual, a intenção é reafirmar
as prerrogativas defendidas pelo Fórum Estadual de Educação, como a alfabetização
plena até os oito anos de idade; o combate à evasão, ao abandono e à reprovação
escolares; a extinção do analfabetismo escolar, garantindo o letramento,
e a organização dos fóruns municipais pelos municípios.
Programação - Articulada pelo Fórum Estadual de Educação,
sediado na Secretaria da Educação, a Conferência Estadual conta com
cerca de 1.600 pessoas, entre delegados eleitos pelos municípios e Territórios
de Identidade, delegados indicados pelos sistemas de educação, observadores
e convidados. Até amanhã, plenárias abordarão questões como O PNE e o Sistema
Nacional de Educação: Organização e Regulação; Educação e Diversidade:
justiça social, Inclusão e Direitos Humanos; Educação do Campo; Qualidade
da Educação: Democratização do Acesso, Permanência, Avaliação, Condições
de Participação e Aprendizagem; O Ensino Superior e a Articulação
com a Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação:
formação, remuneração, carreira e condições de trabalho.
Com a temática principal Plano Nacional de Educação (PNE) na
Articulação do Sistema Nacional de Educação: participação popular,
cooperação federativa e regime de colaboração, a Coeed objetiva levantar
o debate sobre o regime de colaboração entre os entes federados e instituições.
O conteúdo discutido na Estadual será levado para a Conferência Nacional
de Educação (Conae), em 2014.
Retrospectiva – Entre os avanços resultantes da última Conferência
Nacional da Educação (2010), está a mudança do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) para o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação (Fundeb). Com isso, ressalta, Nilson
Pitombo, “houve uma ampliação já que o Fundef só atendia ao ensino fundamental
e o Fundeb engloba a educação infantil, os ensinos fundamental e médio e
a EJA (Educação de Jovens e Adultos)”.
Além disso, foi ampliada e diversificada a oferta de vagas para o
ensino superior – a Bahia ganhou quatro novas universidades, com a perspectiva
de obter mais duas –, com destaque para a interiorização dos cursos de
graduação. “Para a Conae de 2014, o grande propósito é que o Plano Nacional
de Educação funcione como o elo de articulação entre os sistemas (municipal,
estadual e federal) para a melhoria da educação”, disse Nildon Pitombo.
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